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Milei já assumiu mudando o discurso: "vejam bem"

Foto do escritor: Deysi CioccariDeysi Cioccari

Esses dias fiz uma enquete no meu Instagram sobre o que foi pior nesse primeiro ano de governo Lula, e meu amigo Clever Vasconcelos, a quem admiro muito, lendo as respostas disse: "campanha não é para governar. Depois é que o jogo começa". Ele dizia isso numa clara referência ao fato de que, realmente, campanha eleitoral é feita para vencer. Disse isso várias vezes durante o período eleitoral. Mas ainda surpreende que algumas campanhas sejam tão fora da realidade. E mesmo assim, vencem.


Já no dia em que venceu as eleições na Argentina, Milei, que passou a campanha inteira falando que romperia com o Brasil caso fosse eleito, mudou o tom. Mandou a futura ministra das Relações Exteriores ao país para convidar Lula para a posse. As apostas são de que Milei será mais conciliador do que foi durante a campanha eleitoral. O que dá uma lição para alguns governantes que insistem em cegar para a real politik. No mundo como estamos hoje, você até pode bancar o Salvador da Pátria isso funciona, mas na hora de assumir, não se faz um país isolando-o do resto do mundo. Entendedores entenderão.


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Zelensky conhecendo a irmã de Milei


Um outro ponto que gostaria de comentar aqui foi a falta de análises em relação às presenças na posse de Orban e Zelensky. Os jornais internacionais deram grande destaque a essas presenças que têm uma mensagem fortíssima, mas aqui não vi a percepção dessa força.


No encontro, Zelensky disse que Ucrânia apoia o presidente eleito Milei e que entende que juntos eles construirão um mundo forte. Zelensky também disse que pode perceber nas ruas da Argentina que a eleição de Milei trouxe liberdade para os argentinos. "Entendo que seu povo ama e respeita a liberdade e é por isso que estamos lutando também", disse o presidente ucraniano. Goste-se ou não é uma demonstração de força que Lula tentou obter e não conseguiu.


Imprensa brasileira: "festa da direita"; Imprensa internacional: "perspectiva energética"


A imagem de destaque nos jornais internacionais. (Foto: PM Press Office/ Zoltan Fischer)


Outro ponto de destaque nos veículos internacionais foi a presença do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban. O primeiro-ministro já realizou uma série de conversações bilaterais em Buenos Aries, onde as partes sublinharam a necessidade de fortalecer a direita internacional. Este clube poderá em breve ganhar um novo membro com Milei, sob cuja liderança a Argentina provavelmente se tornará um importante aliado político, bem como um importante parceiro comercial da Hungria.


Enquanto uma parte da imprensa focou na "festa da direita" na posse de Milei, a imprensa internacional mostrou que a Hungria está interessada na perscpetiva energética da Argentina. A Argentina é o maior produtor de hidrocarbonetos da América Latina, depois da Venezuela e do México, com reservas ligeiramente inferiores às do Qatar e cerca de duas vezes as da Arábia Saudita. Enquanto uns fazem festa, outros estão já de olho na balança comercial. Mais uma lição aprendida. E, de novo, entendedores entenderão. "Oba, a festa da direita! Sou importante". ÇEI.


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